quarta-feira, 3 de março de 2010

Soneto de Chillon

Alma eterna da mente sem cadeias!
De mais brilho em masmorras. Liberdade!
Pois lá é o coração a tua herdade –
Ele a quem só por ti o amor enleia;
E quando acorrentados ao relento
Teus filhos em grilhões, cela sombria,
Suas terras conquistam na agonia
E a Liberdade acha asa em cada vento.

Chillon! Tua prisão é um santo espaço
E, altar, teu solo é triste – pois pisado,
Até que o próprio andar deixasse um traço
Gasto, tal fosse o chão frio um relvado,
Por Bonnivard! Não sumam esses passos!
A tirania, a Deus, têm revelado.

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